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O que influencia nosso comportamento?

Você provavelmente já ouviu falar do experimento de Skinner e sua análise no comportamento de pombos.

Burrhus Frederic Skinner foi um psicólogo americano que conduzia experimentos comportamentais com vários animais, mas ele ficou famoso mesmo foi com pombos. Em um dos experimentos ele defende a tese de que a superstição não é exclusividade humana.

O experimento basicamente era o seguinte: grupos de pombos eram alimentados em intervalos fixos e outro em intervalos aleatórios. Após algum tempo, Skinner começou a notar padrões de comportamento repetitivos nestes pombos independentemente de como eram recompensados. Alguns moviam a cabeça pra cima e pra baixo, outros davam giros na gaiola, outros batiam asas. Logo após o “ritual” eles procuravam o alimento, como se estes comportamentos estivessem efetivamente associados à recompensa.

Ele chamou isto de comportamento supersticioso, um conceito que defende que o ambiente é que determina o nosso comportamento, que temos menos controle em nosso modo de agir do que imaginamos. Meio sombrio…

É claro, existem outras linhas de estudo que defendem o contrário. Mas o fato é que muitas de nossas decisões, especialmente as de consumo – recompensa rápida – são tomadas inconscientemente. Nosso córtex frontal, responsável pela nossa racionalidade, é que se vira depois para justificar essa nossa decisão. Quem nunca comprou algo que não precisava?

Em resumo, somos irracionais quando queremos uma recompensa rápida.

Teste do marshmallow

Um outro experimento da Universidade de Stanford, mais recente, coloca crianças de frente com um marshmallow e as deixa no seguinte dilema: ela pode comer o doce imediatamente, mas se esperar o retorno do pesquisador, ela ganha dois doces.

Quer saber o que aconteceu? Veja o vídeo:

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Nosso comportamento é bem mais previsível do que pensamos. Mas isso não quer dizer que somos como pombos.

Veja também:   Gamificação na educação: ensinando história com games

Saber que podemos ser influenciados pelo ambiente (e pela família, e pelo nosso humor, e pela nossa saúde…) não é necessariamente ruim. Nos dá mais condições de criarmos ferramentas e estratégias para tirar proveito dessa nossa previsibilidade e desenvolvermos hábitos melhores e mais produtivos.

E, puxando a brasa pra cá, é onde a gamificação pode ajudar as empresas. Como estratégia.

Quanto mais soubermos do público que estamos lidando, maior a chance de escolhermos um caminho que faça sentido para seus colaboradores se engajar mais no que quer que tenham que fazer.

E não se sinta mal se você quiser comer o marshmallow antes de chegar outro. Apenas 30% das crianças conseguiram esperar o segundo doce… 🙂

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