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Os 8 erros mais comuns ao pensar em gamificação no treinamento corporativo

A gamificação pode ser uma grande aliada no aprendizado e no treinamento de funcionários nas empresas. Quando bem planejada e com a estratégia correta, a gamificação pode disseminar o conteúdo, aumentar a retenção e potencializar a comunicação interna das empresas. Mas existem armadilhas.

Karl Kapp é um estudioso do assunto – recentemente esteve no Brasil e falou com o pessoal do Espresso3 –  e elaborou uma lista com os 8 erros comuns na aplicação de uma estratégia de gamificação na educação corporativa, olha só:

1. Gamificação: porque é legal

E é mesmo! Assim como pegar no sono à tarde ou sair de licença remunerada. Mas nenhuma destas coisas colabora para a produtividade e a lucratividade da empresa. Só porque é legal ou divertido não quer dizer que vai ajudar mais no aprendizado das pessoas. Fique atento nas discussões internas sobre gamificação na sua empresa: se a conversa tende mais para o quão legal vai ser isso na nossa empresa ao invés de quais são os objetivos finais da nossa estratégia, dê uma pausa e reflita se a gamificação é mesmo o principal ponto a ser discutido no processo.

2. Foco nos vencedores

Gamificação no aprendizado é sobre aprendizado. A experiência não deve evoluir para uma competição ferrenha onde todo mundo quer vencer. Pense no que você espera dos colaboradores com a experiência gamificada. Menos erros de produção? Melhor qualidade de atendimento? A cada elemento de gamificação que você resolver aplicar, reflita se ele realmente vai ajudar o aprendizado. Se ficar na dúvida é melhor recuar e esperar até ter uma visão mais clara da razão para aplicar este elemento específico.

3. Equívoco no uso de pontos e badges

Muitas soluções simplesmente distribuem pontos e badges (conquistas). Estes elementos dos games devem estar relacionados com o esforço do jogador e não podem ser entregues somente e simplesmente pela sua participação. Os colaboradores devem atingir níveis de performance para merecerem estas realizações. Por exemplo: o colaborador recebe um ponto por tarefa executada e mais 5 pontos se ultrapassar ou mantiver a média de tarefas. Assim que uma tarefa for extraordinariamente bem executada, recebe mais 10 pontos.

Esta é uma forma correta de uso dos pontos: informação e feedback imediatos ao funcionário baseados em performance.

Veja também:   A gamificação não vai salvar sua empresa

4. Tratar como uma ação isolada

A gamificação deve fazer parte de uma estratégia maior de aprendizado. As experiências adquiridas na ação gamificada devem fazer parte do dia a dia e estarem integradas com outras ações da empresa. As realizações do funcionário dentro da gamificação devem fazer parte da história dele e não podem jamais serem esquecidas pela empresa.

5. Não reservar tempo

Por mais simples que seja a solução e tome “apenas alguns minutos por dia”, não acredite que só porque a gamificação vai deixar o treinamento mais divertido, os funcionários irão fazê-lo em seu tempo livre fora da empresa. Novamente, gamificação do aprendizado é sobre aprendizado e aprender leva tempo.

Tenha isso em mente e sugira o melhor horário do expediente para participarem dos treinamentos. Oriente se achar que estão investindo pouco (ou muito) tempo nisso. Do contrário, a mensagem que estará passando é que o aprendizado não é tão importante para a empresa já que ela mesma não reservou tempo para o funcionário aprender.

6. Não trazer a gestão para a gamificação

Ver um funcionário “jogando” durante o expediente pode ser bem intragável para um gestor se ele não entender completamente todas as vantagens da gamificação. Antes de implantar sua estratégia, garanta que todos os gestores entenderam os benefícios da gamificação. Isto vai exigir uma habilidade grande de comunicação e mesmo assim, muitos gestores ainda irão resistir…

7. Não fazer o dever de casa

O conceito de gamificação não é novo. Temos publicado constantemente em nosso blog vários exemplos e estudos, mas existem inúmeros outros artigos, livros e vídeos por aí. Estude como outras empresas aplicaram a gamificação e principalmente onde elas erraram para evitar cometer os mesmos enganos.

8. Assumir que gamificação é só tecnologia

A gamificação do aprendizado está no design, no conteúdo e não na tecnologia. Antes de escolher uma tecnologia, tenha claro os objetivos do aprendizado na empresa, o conteúdo que você quer passar para os colaboradores e como a gamificação vai contribuir com tudo isso. A tecnologia deve ser apenas uma ferramenta, não a solução.

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