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Como usar o design para gerar valor para seu cliente

Em um post no Linkedin, falei sobre como cliente não compra “feature”, compra DOR resolvida ou RESULTADO desejado. A pergunta que ficou no ar foi: ok, mas como o design efetivamente constrói e demonstra esse valor de forma consistente, do início ao fim da relação com o cliente?

Porque, vamos ser sinceros: não adianta ter uma promessa incrível no marketing se a experiência de usar o produto é um pesadelo, ou se o onboarding é tão confuso que o cliente desiste antes de ver o tal valor.

A real é que o design estratégico não é um evento isolado (tipo “fazer o site” ou “desenhar o app”). Ele é o fio condutor, o arquiteto da experiência completa do cliente, garantindo que a promessa de valor seja entregue e percebida em cada etapa.

Vamos pensar na jornada típica e onde o design (o bom, o estratégico!) atua como motor de resultado:

1. Descoberta (o “olá”)

Sua empresa grita suas features, mas o cliente ideal não entende se aquilo é pra ele. Comunicação genérica, proposta de valor enterrada.

Mude para

  • Clareza absoluta na mensagem: em 5 segundos o visitante entende o que você faz e pra quem.
  • Primeira impressão que conecta: visual e linguagem alinhados com o público certo, construindo credibilidade instantânea.
  • Direcionamento: o design guia o lead para o próximo passo lógico, seja um conteúdo, um trial ou um contato.

2. Consideração e conversão (o “sim”):

Landing pages bonitas, mas que não convertem. Fluxos de compra longos e confusos. CTAs escondidos ou genéricos.

Mude para

  • Foco na decisão: landing pages otimizadas para UMA ação clara. Argumentos de valor apresentados na hora certa.
  • Redução de atrito: processos de cadastro/compra simplificados ao máximo. Confiança construída com provas sociais, garantias.
  • CTAs irresistíveis: que comunicam o benefício, não só a ação.
Veja também:   Como Desenvolver um MVP: Guia Completo para Founders e CEOs de Startups

3. Onboarding e primeiro valor (o “Aha!”):

Cliente se cadastra e… fica perdido. Manual de 300 páginas. Frustração. Desistência.

Mude para

  • Jornada guiada: onboarding que leva o cliente pela mão até o PRIMEIRO resultado de valor o mais rápido possível.
  • Aprendizado intuitivo: interface que se explica, microinterações que ensinam.
  • Engajamento inicial: cliente entende o potencial da solução e se sente motivado a continuar.

4. Uso contínuo e retenção (o “ficar”):

Produto vira um “Frankenstein” de features, difícil de usar no dia a dia. Novas atualizações quebram o fluxo do usuário fiel.

Mude para

  • Usabilidade consistente: facilidade de uso nas tarefas recorrentes.
  • Descoberta de valor contínuo: design que ajuda o cliente a explorar e se beneficiar de mais funcionalidades relevantes (sem sobrecarregar).
  • Feedback e evolução: interfaces que permitem feedback e que evoluem com base no uso real, não em “achismos”.

O ponto chave do design

Em cada uma dessas etapas, o design parte de entender profundamente:

  • Quem é o cliente naquela fase?
  • Qual o problema/necessidade dele naquele momento?
  • Qual o objetivo de negócio da sua empresa para aquela interação?
  • Como podemos medir se o design está ajudando a atingir esse objetivo?

Não é sobre “deixar bonito” cada ponto de contato isoladamente. É sobre orquestrar uma jornada coesa, eficaz e que entregue (e comunique) valor consistentemente, transformando interesse em conversão, conversão em uso, e uso em lealdade e resultado financeiro para o seu negócio.

Seu design hoje está pensando na jornada completa do cliente e em como construir valor em cada etapa? Ou está mais focado em “entregar telas” e apagar incêndios pontuais?

A diferença no resultado final (e no seu caixa) pode ser brutal.